Nik!
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@Mitsnik

Eu faço review de músicas e jogos e designer gráfica nos tempos vagos. https://twitter.com/mitsnik

Most Liked Reviews

  • Cover of Resident Evil 3 Resident Evil 3
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    Win
    1 year ago

    This review has spoilers

    Sinceramente, Resident Evil 3 é SIM um bom jogo, sua jogabilidade é semelhante - quase idêntica - ao de Resident Evil 2 Remake -, tem uma boa trilha em sons ambientes, de combate e no geral uma boa sonoplastia, mas é claro que aos fãs de RE3 (1999) pode ser um jogo difícil de se aventurar, aproveitar e apreciar como uma obra ao todo. Suas diferenças com o original são bem árduas de dizer e bem chatas de comparar, muito material foi removido e muitos outros materiais novos foram adicionados sem que agregasse o suficiente para que fosse parte de um remake, manter as circunstancias do jogo original seriam muito mais eficazes em proporcionar uma campanha boa, divertida, bem prolongada - diferente do Remake, que finalizei em torno de 4 horas - do que adicionar novos eventos em troca de eventos antigos. A progressão de aparições do Nemesis é realmente um pouco angustiante, igual a morte de Brad Vickers que foi realmente muito mal aproveitada em sua aparição na delegacia e infectando o policial visto em Resident Evil 2, enquanto muito desse personagem é marcado justamente por sua morte pelo antagonista principal da trama. São coisas que realmente decepcionam, mas não estragam a experiência. RE3 é um bom jogo, de fato, mas um péssimo remake que realmente machuca quem aguardou esse jogo pensando que poderia reviver memorias da infância em um jogo marcante que em sua versão moderna que não agregou nem minimamente como o seu original. Talvez seja bom para jogadores novos, mas uma grande decepção para fãs oldschool da franquia.


  • Odyssey nos transporta para uma Grécia Antiga e um mundo vivo que pode ser um grande colírio para os olhos de seus jogadores, mas é o tipo de obra que possui questões suficientes para que também seja o motivo de sua cegueira. Odyssey é um novo marco para a franquia, uma mudança drástica de jogabilidade que particularmente vejo como necessária, porém bem arriscada. Seu novo estilo de jogo é bom, intrusivo e que segue as raízes de jogos RPG como The Witcher 3 e a franquia Dark Souls, com uma vasta escolha de armas, equipamentos e diversos sistemas interessantes de progressão de nível, como juntar equipamentos e armaduras do mesmo tipo para ganhar bônus ou lutar contra mercenários para conseguir seus equipamentos especiais. Sua jogabilidade é de fato uma coisa sublime em comparação com o restante da obra, conseguindo se encaixar de forma perfeita e extremamente imersiva com a ambientação do jogo, algo que em um produto final, importa muito. Mas, mesmo que sua direção de arte seja impecável e extremamente marcante andar pelo seu enorme mapa e mesclando-se de forma natural com sua gameplay, sua história é o que mais deixa a desejar. A escolha de personagem é algo interessante, poder escolher o gênero do personagem com que podemos jogar foi uma mudança boa, afinal, os personagens que vimos são apenas Avatares, mas, quando toda a escolha de personagem se torna algo novo dentro do jogo especificamente por conta de machismo, é realmente algo bem nocivo. (Se você não sabe, apenas Kassandra seria jogável, mas Alexius foi adicionado justamente pela Ubisoft acreditar fielmente que o jogo não venderia por ter uma protagonista feminina.) A narrativa é fraca, entediante, que definitivamente não vale sua atenção, toda a história principal se passando antes mesmo da Ordem dos Assassinos existir já havia sido um alerta para nós, mas acabou sendo tremendamente pior que o esperado e colocando novamente os antecessores dos templários, que por mais que interessante, consegue ser algo ainda mais chato de apresentar. Se você quer saber como esse jogo tem o nome de Assassin's Creed, é fácil, o jogo foca bastante no que são os Isu (uma peça fundamental de Assassin's Creed... mas que ninguém tem o mínimo de interesse.). Caso você queira algo que tenha mais sentido com a franquia, bom, é bom você desembolsar um bom dinheiro por uma DLC só para ver o nascimento da primeira lâmina. Nem os personagens se salvam desse abismo que a narrativa entra, com nenhum pouco de carisma ou personalidade, sendo o mais notável as figuras históricas presentes. Toda a progressão do jogo é entediante, te forçando a evoluir seu nível diversas vezes com missões secundárias - que por sinal, são ótimas - e um mapa gigantesco que por mais que belo é muito mal explorado com diversas possibilidades não aproveitadas. Possui um final terrível que parece ter sido feito às pressas e colocando uma questão familiar extremamente falha nos maiores holofotes.

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  • Cover of Gungrave: Overdose Gungrave: Overdose
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    PS2
    10 months ago

    A indústria dos jogos já viu inúmeros Dream Teams de respeito, como a equipe lendária por trás de Chrono Trigger, ou o elenco impecável da maioria dos jogos de Hideo Kojima, mas a existência do Dream Team por trás de Gungrave é tão escondida que de fato me deixa confusa um jogo tão bom ter ficado tanto tempo desconhecido pela sociedade. Gungrave (2002) não é um simples jogo, feito por uma simples empresa, sendo desenvolvido pela Red Entertainment e publicado pela gigantesca Sega. Temos uma equipe incrível por trás, exibindo cabeças notáveis como Yasuhiro Nightow (criador de Trigun) e Mahiro Maeda (animador que já trabalhou em grandes adaptações como Blue Submarine No. 6 e Evangelion). Mas afinal, o que é esse jogo? Como esse jogo tem um anime do qual nunca ouvi falar? E por que ele é tão desconhecido? Bom, jogos japoneses naturalmente acabam em uma via de mão dupla, ou são inesquecíveis e comentados por décadas, ou acabam sendo esquecidos no mesmo dia do lançamento, algo que aconteceu com essa franquia. Gungrave OD pode mostrar como jogos esquecidos possuem momentos incríveis. Gungrave OverDose (2004) é uma continuação direta dos acontecimentos do primeiro jogo, do qual irei me abster de spoilers no geral. Contando a história de Grave, um morto renascido com desejo de vingança de uma grande máfia chamada Millennion, que controla toda a cidade futurista de Billion. Por mais que tenha uma proposta simples, vai além disso. Claro que podemos sofrer algumas coisas da época, como jogos mais curtos para se encaixarem no limite do videogame, mas todos os problemas do primeiro jogo, como a dificuldade inexistente, sistemas de câmera lenta ou botões com mais de uma função, foram completamente tratados no segundo jogo. Trazer uma gameplay bonita através de gráficos com Cel Shading, gameplay desafiadora e sem descanso, e uma história mais profunda através de um simples sistema de visual novel e dois novos personagens. Deixando esses momentos de lado durante todo o jogo para que ação sem fim seja colocada na tela, virando quase um Bullet Hell 3D, um Shoot 'Em Up que sinceramente não sei como não queimou o videogame até sair fumaça na época de seu lançamento. É um jogo até relativamente longo para a época. Vale totalmente a pena jogar os jogos de PS2. Com o ritmo certo, podem ser zerados em torno de dois dias e com um apreço realmente muito grande em volta do jogo. Sinceramente, eu não esperava que eu fosse gostar tanto desse jogo. Foi uma surpresa agradável que claramente pessoas que gostam de jogos de ação, ou até mesmo visual novel, podem aproveitar uma experiência bem maluca com personagens incrivelmente bem desenvolvidos para os recursos limitadores da época. Ah, e mais uma coisa, se você está esperando alguma fala do protagonista durante o jogo, sinto muito, ele é mais calado que uma pedra!

  • Cover of Coffee Talk Coffee Talk
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    Win
    10 months ago

    Torrado aroma de café, memórias afundadas em mel, acontecimentos amargos que precisam ser repelidos por algo fora do padrão. Coffee Talk é provavelmente uma das experiências mais únicas que uma pessoa pode ter com um jogo, não porque é inovador ou revolucionário, mas, ao todo, é tão único através de sua humanidade que pouco importa se seu sabor é doce ou amargo, continuará sendo uma xícara de café que deixará sua marca na língua, independente do seu gosto por jogos. Em Coffee Talk, você é um simples barista de uma cafeteria que abre apenas à tarde e noite, com clientes diferentes, indo de simples humanos até pessoas que saíram da água para a superfície. O jogo de maior renome da Toge Productions trouxe o sentido de humanidade de forma que um simples barista saiba de histórias diversas, conhecendo pessoas, conversando com elas, palpitando e ajudando em seus problemas, enquanto faz bebidas para acariciar a alma da pessoa, tudo isso em uma trilha sonora confortável de lo-fi. Tudo parece simples, e de fato é, mas não é por ser simples que a execução não seria prodigiosa em qualidade. A proposta de aproximar o jogador do personagem de forma inerente, em uma atmosfera confortável e com um estilo de arte lindo e cativante de sua atenção, traz personalidades diferentes para cada personagem que é impossível você não se interessar por suas histórias, pondo pontos de reflexão em suas linhas de diálogo que recorrem a serem debatíveis tanto em um mundo de criaturas mágicas quanto na própria vida real. Sinto que até pessoas que passam direto por problemas sociais ou questionamentos filosóficos parariam para pensar, por mais que seja por um único minuto. Sinto que a gameplay e a campanha - por mais que linear - de Coffee Talk facilmente será tão inapagável como uma mancha de café. Seu criador, Mohammad Fahmi, veio a falecer em 2022, e foi uma das mortes mais impactantes para mim nos últimos anos. Eu sei que ele estaria orgulhoso do que sua equipe trouxe após o primeiro jogo da franquia, eu sei que ele estaria feliz em ver como seu projeto de vida ganhou uma forma memorável no cenário indie. Descanse em paz, Fahmi; você foi um ser humano incrível, um game designer incrível. Você serviu uma bebida que nem o melhor dos baristas conseguiria servir.

  • Cover of Resident Evil 3 Resident Evil 3
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    Win
    1 year ago

    This review has spoilers

    Sinceramente, Resident Evil 3 é SIM um bom jogo, sua jogabilidade é semelhante - quase idêntica - ao de Resident Evil 2 Remake -, tem uma boa trilha em sons ambientes, de combate e no geral uma boa sonoplastia, mas é claro que aos fãs de RE3 (1999) pode ser um jogo difícil de se aventurar, aproveitar e apreciar como uma obra ao todo. Suas diferenças com o original são bem árduas de dizer e bem chatas de comparar, muito material foi removido e muitos outros materiais novos foram adicionados sem que agregasse o suficiente para que fosse parte de um remake, manter as circunstancias do jogo original seriam muito mais eficazes em proporcionar uma campanha boa, divertida, bem prolongada - diferente do Remake, que finalizei em torno de 4 horas - do que adicionar novos eventos em troca de eventos antigos. A progressão de aparições do Nemesis é realmente um pouco angustiante, igual a morte de Brad Vickers que foi realmente muito mal aproveitada em sua aparição na delegacia e infectando o policial visto em Resident Evil 2, enquanto muito desse personagem é marcado justamente por sua morte pelo antagonista principal da trama. São coisas que realmente decepcionam, mas não estragam a experiência. RE3 é um bom jogo, de fato, mas um péssimo remake que realmente machuca quem aguardou esse jogo pensando que poderia reviver memorias da infância em um jogo marcante que em sua versão moderna que não agregou nem minimamente como o seu original. Talvez seja bom para jogadores novos, mas uma grande decepção para fãs oldschool da franquia.


  • Odyssey nos transporta para uma Grécia Antiga e um mundo vivo que pode ser um grande colírio para os olhos de seus jogadores, mas é o tipo de obra que possui questões suficientes para que também seja o motivo de sua cegueira. Odyssey é um novo marco para a franquia, uma mudança drástica de jogabilidade que particularmente vejo como necessária, porém bem arriscada. Seu novo estilo de jogo é bom, intrusivo e que segue as raízes de jogos RPG como The Witcher 3 e a franquia Dark Souls, com uma vasta escolha de armas, equipamentos e diversos sistemas interessantes de progressão de nível, como juntar equipamentos e armaduras do mesmo tipo para ganhar bônus ou lutar contra mercenários para conseguir seus equipamentos especiais. Sua jogabilidade é de fato uma coisa sublime em comparação com o restante da obra, conseguindo se encaixar de forma perfeita e extremamente imersiva com a ambientação do jogo, algo que em um produto final, importa muito. Mas, mesmo que sua direção de arte seja impecável e extremamente marcante andar pelo seu enorme mapa e mesclando-se de forma natural com sua gameplay, sua história é o que mais deixa a desejar. A escolha de personagem é algo interessante, poder escolher o gênero do personagem com que podemos jogar foi uma mudança boa, afinal, os personagens que vimos são apenas Avatares, mas, quando toda a escolha de personagem se torna algo novo dentro do jogo especificamente por conta de machismo, é realmente algo bem nocivo. (Se você não sabe, apenas Kassandra seria jogável, mas Alexius foi adicionado justamente pela Ubisoft acreditar fielmente que o jogo não venderia por ter uma protagonista feminina.) A narrativa é fraca, entediante, que definitivamente não vale sua atenção, toda a história principal se passando antes mesmo da Ordem dos Assassinos existir já havia sido um alerta para nós, mas acabou sendo tremendamente pior que o esperado e colocando novamente os antecessores dos templários, que por mais que interessante, consegue ser algo ainda mais chato de apresentar. Se você quer saber como esse jogo tem o nome de Assassin's Creed, é fácil, o jogo foca bastante no que são os Isu (uma peça fundamental de Assassin's Creed... mas que ninguém tem o mínimo de interesse.). Caso você queira algo que tenha mais sentido com a franquia, bom, é bom você desembolsar um bom dinheiro por uma DLC só para ver o nascimento da primeira lâmina. Nem os personagens se salvam desse abismo que a narrativa entra, com nenhum pouco de carisma ou personalidade, sendo o mais notável as figuras históricas presentes. Toda a progressão do jogo é entediante, te forçando a evoluir seu nível diversas vezes com missões secundárias - que por sinal, são ótimas - e um mapa gigantesco que por mais que belo é muito mal explorado com diversas possibilidades não aproveitadas. Possui um final terrível que parece ter sido feito às pressas e colocando uma questão familiar extremamente falha nos maiores holofotes.

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