Writter_Gab
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@Writter_G

Se o que fazes é importante pra outros além de você mesmo, então será importante por mais tempo

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  • Cover of Watch_Dogs Watch_Dogs
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    Win
    1 month ago

    Se você já estava mais antenado (do que eu mesmo até) nos lançamentos e anúncios de Games desde a E3 de 2012, pelo menos, então vc já conhece a história desse jogo e tudo o que ele representou desde o seu anúncio, e depois do seu lançamento. Se por acaso, ou por causa disso, vc deixou de dar uma chance a ele (até hoje, quem sabe), sugiro sinceramente que repense sua escolha. Pois, apesar dos pesares, ainda é um jogo muito divertido, com uma história simples até certo ponto (mas envolvente) e personagens bem interessantes. Lhe desejo uma boa leitura, nesta Review que busca ser o mais abrangente e direta possível. 1. UM POUCO DA HISTÓRIA DO LANÇAMENTO (pra quem estiver mais por fora do contexto) WATCH_DOGS foi desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft, anunciado pela primeira vez na fatídica E3 de 2012, e lançado em Maio de 2014 (cerca de 6 meses antes do programado). Apresentado com gráficos muito além do que já havia sido visto em qualquer coisa na época, se tornou um dos jogos mais aguardados do período 2012-2014, e um tremendo sucesso comercial e crítico da Ubisoft, com a publisher chegando até mesmo a alfinetar a Rockstar, alegando que seu jogo faria frente com o recém chegado GTA 5 (o que claramente não se mostrou uma boa ideia). Em 2014, o jogo é finalmente lançado e a versão final do game apresentava downgrades (isto é, reduções) consideráveis nos seus gráficos, até na versão de PC (a mais poderosa e versátil das plataformas). E isso pareceu uma tentativa da Ubisoft de "nivelar por baixo" os recursos das diferentes versões do game, para que as versões de console não ficassem muito discrepantes dela. Afinal, dois anos após o anúncio do jogo, já havia hardware poderoso e acessível o suficiente para executar o que foi mostrado na E3, embora a otimização de games no lançamento tenha se tornado um problema cada vez maior nas gerações que vieram depois. Lançado para PS4, Xbox One e Wii U, além de PC, PS3 e Xbox 360 (por incrível que pareça), foi um jogo que acertou bastante na acessibilidade das plataformas, mas errou gravemente no aproveitamento do potencial de todas elas, graças a muitos problemas de desempenho constatados inicialmente em todas as versões do game (sendo a melhor delas a de PS4, na época do lançamento, de acordo com as reviews principais). Como se pode ver, há uma série de promessas não cumpridas que permeiam a história desse game. 2. DA CAMPANHA (sem spoilers) Permeada pela temática de segurança digital, a história do game coloca o jogador na pele de Aiden Pearce, na maior parte do tempo. Aiden é um hacker altamente qualificado que descobre uma vulnerabilidade no ctOS. Este é um software de controle urbano, implantado em várias cidades dos EUA por uma empresa de cibersegurança (Blume), incluindo Chicago, que é onde o jogo se passa. O objetivo do sistema é tornar essas cidades mais inteligentes e seguras, porém, ele também pode ser usado para outras coisas (obviamente). Depois de um assalto a banco fracassado, e mercenários são enviados para matar Aiden e seu parceiro, a sobrinha de Aiden morre num acidente de carro causado por um desses mercenários. Aiden tentará descobrir quem foram os mandantes do crime e desvendar outros segredos do submundo de Chicago, usando o controle que tem sobre o ctOS. Uma trama simples de vingança pessoal, como se vê, mas muito crível e com uma densidade que vai aumentando a cada capítulo, além de ser recheada de personagens bem escritos (com destaque para o principal alívio cômico, Jordi Chin, e para T-Bone), e um final satisfatório e coerente. 3. DAS MECÂNICAS DE JOGO É um mundo aberto de estilo sandbox. Possui elementos de stealth, Tiro em Terceira Pessoa e Combate Veicular. Na movimentação, Aiden pode caminhar, correr, nadar, se esconder, passar por obstáculos baixos, escalar obstáculos um pouco mas não tão altos e cair de alturas "seguras", se machucando ou até morrendo se cair mais alto do que cerca de 7 ou 8 metros. Manuseia armas de fogo, derruba inimigos com um golpe de finalização (não há combate corporal), e dirige veículos terrestres e aquáticos. As mecânicas de stealth são refinadas e funcionais, ao contrário da dirigibilidade, que não é tão refinada assim. 4. DA AMBIENTAÇÃO E DO ÁUDIO O game está completamente dublado e legendado em vários idiomas, incluindo Português Brasileiro, e o elenco de vozes é muito bem selecionado. Porém, é importante ressaltar que não há como desvincular o idioma da legenda do idioma da dublagem. Dessa forma, não é possível jogar com a dublagem original e a legenda em Português, por exemplo (pelo menos não na Complete Edition, da Epic Games). Os NPCs da cidade são gerados de maneira procedural pela engine e cada um deles possui um nome e descrição diferentes no Perfilador. Acompanhar um dos NPCs durante várias horas pode ser algo interessante, porque eles se comportam como pessoas do mundo real, na maior parte do tempo. Chicago é uma cidade viva e muito dinâmica. A alternância entre dia e noite obedece um ritmo confortável e os sons dela são muito bons. Sirenes, buzinas, pessoas conversando. Tudo muito detalhado e orgânico. 5. DOS DEFEITOS PRINCIPAIS I. Downgrade gráfico, se comparado aos anúncios iniciais; II. Mecânicas de stealth e dirigibilidade funcionais, mas não muito caprichadas (nesse último caso); III. Trechos iniciais dos diálogos da história não dublados; 6. DAS QUALIDADES PRINCIPAIS I. História simples, mas cativante II. Personagens bem escritos III. Temáticas pertinentes da atualidade no pano de fundo da trama IV. Lore bem desenvolvida V. Jogo divertido, apesar das falhas técnicas VI. Bem melhor otimizado para PCs menos potentes nas versões mais atuais.

  • Cover of Sonic Unleashed Sonic Unleashed
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    PS2
    3 months ago

    Um jogo, duas Versões, chamadas de "SD" (PS2 e Wii) e "HD" (PS3 e X360, bem como XOne via retrocompatibilidade). Gráficos diferentes mas nem um pouco ruins em sua versão mais limitada; jogabilidades semelhantes, mas não exatamente iguais; ótima trilha sonora... história original com enredo relativamente simples, mas bem desenvolvida... e o mais importante dos fatores em comum: diversão garantida, com uma boa dose de desafio, velocidade e... Hack'n Slash inspirado em God of War? Explico esse último depois. Este é com certeza um dos jogos mais injustiçados da Saga do Sonic, e foi lançado com o objetivo de ser um dos mais "democráticos" da franquia (em relação à disponibilidade para o máximo de plataformas possível), afinal, a SEGA precisava se recuperar do fiasco, comercial e crítico, que foi o antecessor: Sonic The Hedgehog (2006). Há que se ver o lado bom em tudo, e por causa disso, Sonic Unleashed também foi lançado para o console mais popular da época, o PS2, embora ele não fosse cogitado originalmente para essa plataforma, no lançamento. Este título possui tudo o que um bom jogo do Sonic precisava ter, ainda mais no início da Era dos jogos 3D do Ouriço Azul: sensação de velocidade, level design criativo, bom desempenho nas plataformas para as quais foi lançado, além da gameplay ágil. Outro destaque positivo fica para a Trilha Sonora. O áudio no geral, funciona muito bem em suas versões. E as vozes dos personagens também funcionam bem. Considerando a permanência de todos os outros pontos, a gameplay merece uma atenção especial. Sem mencionar spoilers da História, Sonic é o Ouriço Azul que todos conhecemos de dia, e de noite se transforma num híbrido de lobisomem-ouriço, "Lobo-Ouriço" ou ainda "Ouriçomem", como quiser chamar. É de se imaginar que a gameplay nas fases noturnas seja bastante alterada em relação às fases diurnas normais, e de fato é. De dia, existe a progressão rápida por fases que todos conhecemos. De noite, Sonic perde a velocidade e a jogabilidade ganha elementos de Hack'n Slash, e assim, o jogador precisa avançar em sua jornada, superando os obstáculos em seu caminho e surrando os monstros que aparecem com seus braços elásticos. Os movimentos lembram muito mesmo God of War. Enquanto as fases diurnas te recompensam com notas melhores e medalhas em virtude do tempo (afinal, são provas de velocidade), as noturnas te recompensam não apenas pelos objetivos de tempo, mas também os de energia coletada, e esta vem dos artefatos destrutíveis do cenário e dos monstros. Então, faça o possível pra destruir o máximo que puder dentro do menor tempo possível. Ainda na parte de Gameplay, fica o destaque negativo para a responsividade dos controles nas fases noturnas. Em alguns momentos em que a precisão é muito necessária, os controles deixam de responder sem motivo aparente (e escalar alguns prédios e cair de uma beirada até o chão porque Sonic se soltou dela do nada, e ter que subir tudo de novo em virtude disso, pode ser mesmo muito frustrante). Além disso, essa mudança (de fato um pouco brusca) na gameplay dividiu muitas opiniões, Mas, particularmente, gostei da ideia da mecânica em si, assim mesmo. Só na parte dos controles podia ter sido melhor implementada. Joguei apenas a versão de PS2 e jogo até hoje (em emulador). Fica a indicação. Excelente game.

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  • Cover of Batman: Arkham City Batman: Arkham City
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    Win
    3 weeks ago

    O segundo título da saga de jogos mais icônica do Morcegão é conhecido por um feito impressionante: pegar as mecânicas revolucionárias criadas para o primeiro, e colocá-las numa patente muito mais alta de refinamento e escala. Batman: Arkham City é uma joia atemporal, que representa uma das tentativas mais próximas da perfeição de trazer ao jogador a experiência de estar na pele de um super herói. História, combate, mecânicas de predador, movimentação, ambientação, mapa, conteúdo, personagens, escala, detalhes gráficos... tudo nesse jogo vai além (e muito além) do que está no primeiro. Trata-se de uma sequência maior, mas que não deixa de ser melhor por conta do seu tamanho, sendo que esse é um problema comum de se constatar em sequências de franquias em todo o entretenimento, não só nos jogos, mas também em filmes, por exemplo. Listar as qualidades do jogo em detalhes levaria bastante tempo, já os defeitos são mais pontuais, e portanto, muito mais breves: 1. Certos bugs gráficos e de texturas, que afetam principalmente os capangas, nas seções de combate ou stealth, são recorrentes, mas não a ponto de estragar a experiência (mais frequentes nas versões de console); 2. O jogo também possui bugs no som e no volume da música em certas seções ou eventos no mapa. Mais uma vez, não estraga a experiência, mas acontece (ou acontecia, porque me lembro de experimentar isso na versão de PS3, alguns anos atrás. Já no PC, atualmente, nem tanto); Os jogos da série Arkham são Lendários, e costumam ser lembrados pelos fãs pela sua característica de maior destaque, frente aos outros títulos: Asylum se destacava pela sua atmosfera/ambientação única, e, por mais que o City também tenha sua identidade própria muito bem definida e não muito alterada na qualidade em virtude da escala (o que é um grande elogio), seu principal destaque fica para o balanceamento de suas mecânicas: Gadgets, movimentação e combate, basicamente. Quando colocados em conjunto com os elementos da História, se combinam num título que, pra muitos, é o que a franquia tem a oferecer de melhor (quase, na minha opinião). Se não jogou ainda, jogue. Não vai se arrepender.

  • Cover of Batman: Arkham Asylum Batman: Arkham Asylum
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    Win
    3 weeks ago

    Indicado ao GOTY de 2009, Batman: Arkham Asylum fez história e alterou para sempre o padrão de desenvolvimento de jogos de aventura e mundo aberto na indústria dos games, especialmente os baseados em super-heróis. O jogo e a sua ambientação predominante, o Asilo Arkham, são baseados no mito de longa duração da série de quadrinhos do personagem, o que representa um aditivo interessante, já que a maioria dos jogos anteriores se baseava na adaptação do personagem em outras mídias, e não no material original. O fato de o escritor do jogo ser um roteirista veterano em Batman, Paul Dini, obviamente ajudou muito nessa parte. Usando a Unreal Engine 3.5 nos consoles, e a Nvidia PhysX no PC, proporciona gráficos que mesclam, ao mesmo tempo, realismo no design dos ambientes e traços um pouco mais cartunescos aos personagens, tudo em uma direção de arte muito bem feita. Os efeitos de iluminação, sombras e texturas bem definidas são um espetáculo à parte. A título de curiosidade adicional, as texturas da versão "Vanilla" (original) do game já são lindas, mas é possível alterá-las, na versão de PC, para serem ainda mais nítidas e aumentadas na resolução. Trata-se do mod HD Texture Pack, que dá ao game ares de um remaster não oficial para PC. Na jogabilidade, a adição dos gadgets (bat-arangue, bat-garra, gel explosivo e outros); o combate de três botões: ataque, contra-ataque e atordoamento (que é fácil de entender, mas leva tempo pra dominar); o Modo Detetive, e as mecânicas de Predador iniciam a construção dos diferenciais revolucionários que a série Arkham de jogos trouxe para os games de mundo aberto e exploração. Todos os jogos da série Arkham possuem características marcantes, e todos são conhecidos e lembrados pelos fãs por aquelas em que mais se destacam. No caso de Arkham Asylum, com certeza o seu principal destaque é a ambientação: mapa não muito extenso, mas detalhado e recheado de conteúdo, com uma variedade imensa de ambientes, muitas seções claustrofóbicas e uma atmosfera que lembra o terror em muitos momentos. Trata-se de uma experiência ímpar, tanto em seus títulos isolados, quanto na jogatina em sequência da saga, e isso também inclui a prequela Arkham Origins (o único não desenvolvido pela Rocksteady). Todos merecem ser experimentados e colocados na coleção. Até se você não for fã de Batman, ou de jogos de mundo aberto, esse game vai te surpreender.


  • A SAGA STORM DEVERIA TERMINAR AQUI Depois de 5 títulos em cerca de 8 anos, a saga Ultimate Ninja Storm fecha sua adaptação das partes mais importantes do anime Naruto com o seu sexto capítulo, que deveria ser o último da saga** e primeiro jogo de Naruto a marcar presença na Oitava Geração (PS4 e Xbox One). Com os visuais mais bonitos e vibrantes já vistos na série, jogabilidade reformulada (e mais balanceada), além de uma bela dose de adaptação canônica épica, atende ao principal objetivo de sua existência (de acordo com seus realizadores): longevidade. Se concentrando, de início, nos capítulos finais do anime, o modo História adapta a continuação e o desfecho da Quarta Grande Guerra Ninja. A apresentação, que é feita em um menu de capítulos dispostos em uma linha do tempo, com belas ilustrações de fundo, difere do padrão apresentado anteriormente na série, que consistia na realização de eventos por uma Konoha explorável (ainda que de maneira bem superficial) e eventualmente incluindo outras vilas e regiões. A prévia e o desfecho de alguns capítulos é apresentada com trechos dos gráficos em cel-shading, e são usadas imagens estáticas do próprio anime, com narração e vozes dos personagens de fundo em alguns momentos. Nesse último aspecto, a escolha do desenvolvimento destoa um pouco do tom pretendido para o jogo, que tem a óbvia pretensão de ser maior do que qualquer coisa que já se tenha visto anteriormente na saga. E por mais que se consiga isso de fato, e além disso, deixar o game até parecido com a dinâmica de se assistir o anime (com algumas dessas transições), fica explícito que a narração e as imagens estáticas se destinam a facilitar os trabalhos do desenvolvimento e diminuir o conteúdo original do jogo. Um outro destaque digno de menção é a dublagem 100% em Português Brasileiro, e este recurso, embora muito solicitado por fãs em títulos anteriores, aparece pela primeira vez aqui. Ironicamente, acaba não sendo utilizado por grande parte dos jogadores (nas gameplays "públicas", pelo menos). No combate, tornou-se possível a Troca de Líder, no meio da luta, embora os três compartilhem a mesma barra de vida. A separação entre Ultimate Jutsu, Despertar e uso das equipes não existe mais aqui, por ter sido muito criticada no título anterior. Já alas Técnicas Supremas Combinadas voltaram, dessa vez, com mais possibilidades de equipe, e ainda mais poderosas do que antes (destaque para: a Akatsuki, com todos os membros originais; os Nove Jinchuurikis; os Sete Espadachins da Névoa; o Quarteto do Som, e os Seis Hokages). A Quebra de Guarda ainda existe, mas seus efeitos foram diminuídos, para balancear o combate. A movimentação conta agora com uma Super Investida de Chakra (Triângulo + segure X no PS4, e Y + segure A, no Xbox One), além de todos os movesets anteriores. Falando em movesets, destaque negativo fica para a falta de inovação nas técnicas e ataques da maior parte dos personagens. Enquanto os "principais", como Naruto e Sasuke, por exemplo, ganharam mais de 20 roupas, e mais de 10 versões diferentes de moveset, outros se mantém absolutamente da mesma forma desde o início da saga: trio Ino-Shika-Cho, Haku e Zabuza, os Sannins Lendários: Tsunade, Jiraya e Orochimaru, entre muitos outros. Prosseguindo, o Modo Aventura adiciona o componente do mundo aberto, ausente da História principal e traz mais conteúdo ao game. Por meio de DLCs, o título também recebeu mais conteúdo para ambos os modos, e passou a incluir também os primeiros arcos da História de Boruto Next Generations, bem como alguns de seus personagens. A atualização, lançada em 2017, recebeu o nome de Road to Boruto e desempenha um papel parecido com a Full Burst do Storm 3. Encerrando, Ultimate Ninja Storm 4 é o suprassumo do que a Saga Ultimate Ninja Storm tem a oferecer, e se consolida como um dos melhores jogos baseados em anime de toda a História dos Games. Possui deficiências pontuais, e algumas são compartilhadas com os títulos anteriores, mas ainda assim, um bom jogo de luta que vale a pena experimentar. **OBS. FINAL: para mim, particularmente, a Saga Ultimate Ninja Storm termina nesse título, e Storm Connections foi só um delírio completamente desnecessário.

  • Cover of Watch_Dogs Watch_Dogs
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    Win
    1 month ago

    Se você já estava mais antenado (do que eu mesmo até) nos lançamentos e anúncios de Games desde a E3 de 2012, pelo menos, então vc já conhece a história desse jogo e tudo o que ele representou desde o seu anúncio, e depois do seu lançamento. Se por acaso, ou por causa disso, vc deixou de dar uma chance a ele (até hoje, quem sabe), sugiro sinceramente que repense sua escolha. Pois, apesar dos pesares, ainda é um jogo muito divertido, com uma história simples até certo ponto (mas envolvente) e personagens bem interessantes. Lhe desejo uma boa leitura, nesta Review que busca ser o mais abrangente e direta possível. 1. UM POUCO DA HISTÓRIA DO LANÇAMENTO (pra quem estiver mais por fora do contexto) WATCH_DOGS foi desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft, anunciado pela primeira vez na fatídica E3 de 2012, e lançado em Maio de 2014 (cerca de 6 meses antes do programado). Apresentado com gráficos muito além do que já havia sido visto em qualquer coisa na época, se tornou um dos jogos mais aguardados do período 2012-2014, e um tremendo sucesso comercial e crítico da Ubisoft, com a publisher chegando até mesmo a alfinetar a Rockstar, alegando que seu jogo faria frente com o recém chegado GTA 5 (o que claramente não se mostrou uma boa ideia). Em 2014, o jogo é finalmente lançado e a versão final do game apresentava downgrades (isto é, reduções) consideráveis nos seus gráficos, até na versão de PC (a mais poderosa e versátil das plataformas). E isso pareceu uma tentativa da Ubisoft de "nivelar por baixo" os recursos das diferentes versões do game, para que as versões de console não ficassem muito discrepantes dela. Afinal, dois anos após o anúncio do jogo, já havia hardware poderoso e acessível o suficiente para executar o que foi mostrado na E3, embora a otimização de games no lançamento tenha se tornado um problema cada vez maior nas gerações que vieram depois. Lançado para PS4, Xbox One e Wii U, além de PC, PS3 e Xbox 360 (por incrível que pareça), foi um jogo que acertou bastante na acessibilidade das plataformas, mas errou gravemente no aproveitamento do potencial de todas elas, graças a muitos problemas de desempenho constatados inicialmente em todas as versões do game (sendo a melhor delas a de PS4, na época do lançamento, de acordo com as reviews principais). Como se pode ver, há uma série de promessas não cumpridas que permeiam a história desse game. 2. DA CAMPANHA (sem spoilers) Permeada pela temática de segurança digital, a história do game coloca o jogador na pele de Aiden Pearce, na maior parte do tempo. Aiden é um hacker altamente qualificado que descobre uma vulnerabilidade no ctOS. Este é um software de controle urbano, implantado em várias cidades dos EUA por uma empresa de cibersegurança (Blume), incluindo Chicago, que é onde o jogo se passa. O objetivo do sistema é tornar essas cidades mais inteligentes e seguras, porém, ele também pode ser usado para outras coisas (obviamente). Depois de um assalto a banco fracassado, e mercenários são enviados para matar Aiden e seu parceiro, a sobrinha de Aiden morre num acidente de carro causado por um desses mercenários. Aiden tentará descobrir quem foram os mandantes do crime e desvendar outros segredos do submundo de Chicago, usando o controle que tem sobre o ctOS. Uma trama simples de vingança pessoal, como se vê, mas muito crível e com uma densidade que vai aumentando a cada capítulo, além de ser recheada de personagens bem escritos (com destaque para o principal alívio cômico, Jordi Chin, e para T-Bone), e um final satisfatório e coerente. 3. DAS MECÂNICAS DE JOGO É um mundo aberto de estilo sandbox. Possui elementos de stealth, Tiro em Terceira Pessoa e Combate Veicular. Na movimentação, Aiden pode caminhar, correr, nadar, se esconder, passar por obstáculos baixos, escalar obstáculos um pouco mas não tão altos e cair de alturas "seguras", se machucando ou até morrendo se cair mais alto do que cerca de 7 ou 8 metros. Manuseia armas de fogo, derruba inimigos com um golpe de finalização (não há combate corporal), e dirige veículos terrestres e aquáticos. As mecânicas de stealth são refinadas e funcionais, ao contrário da dirigibilidade, que não é tão refinada assim. 4. DA AMBIENTAÇÃO E DO ÁUDIO O game está completamente dublado e legendado em vários idiomas, incluindo Português Brasileiro, e o elenco de vozes é muito bem selecionado. Porém, é importante ressaltar que não há como desvincular o idioma da legenda do idioma da dublagem. Dessa forma, não é possível jogar com a dublagem original e a legenda em Português, por exemplo (pelo menos não na Complete Edition, da Epic Games). Os NPCs da cidade são gerados de maneira procedural pela engine e cada um deles possui um nome e descrição diferentes no Perfilador. Acompanhar um dos NPCs durante várias horas pode ser algo interessante, porque eles se comportam como pessoas do mundo real, na maior parte do tempo. Chicago é uma cidade viva e muito dinâmica. A alternância entre dia e noite obedece um ritmo confortável e os sons dela são muito bons. Sirenes, buzinas, pessoas conversando. Tudo muito detalhado e orgânico. 5. DOS DEFEITOS PRINCIPAIS I. Downgrade gráfico, se comparado aos anúncios iniciais; II. Mecânicas de stealth e dirigibilidade funcionais, mas não muito caprichadas (nesse último caso); III. Trechos iniciais dos diálogos da história não dublados; 6. DAS QUALIDADES PRINCIPAIS I. História simples, mas cativante II. Personagens bem escritos III. Temáticas pertinentes da atualidade no pano de fundo da trama IV. Lore bem desenvolvida V. Jogo divertido, apesar das falhas técnicas VI. Bem melhor otimizado para PCs menos potentes nas versões mais atuais.

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