Análises de Writter_Gab
43 análises
É provável que fãs do mundo inteiro irão concordar que este jogo é o ponto mais alto da franquia NFS, e também, dos jogos de corrida arcade, no geral. Difícil não concordar com essa classificação, afinal: a variedade de carros, suas mecânicas mais realistas, melhores opções de tuning, uma história simples (mas coerente com a proposta), personagens igualmente simples (mas carismáticos), gráficos super detalhados, sonorização dos carros muito boa e excelente trilha sonora são combinadas, neste título, de maneira a formar um jogo de corrida único, divertido, com um enorme fator replay, e que continua sendo muito jogado até os dias de hoje. Trata-se de nada menos do que um excelente título obrigatório pra todo jogador que se diz fã de jogos de corrida arcade. Seu único defeito é a falta de ambientação noturna (aspecto mais coerente com a proposta de corridas de rua), mas este defeito foi devidamente corrigido em NFS Carbon. Atualmente, jogo a Black Edition (edição de aniversário de 10 anos do jogo) no PS2 (original e emulador). Vale a pena.
SOCOM é uma franquia de (excelentes) jogos de Tiro Tático em Terceira Pessoa, criada e desenvolvida exclusivamente para os consoles da Sony (majoritariamente PS2), e que possui curiosidades muito interessantes no seu entorno. Combined Assault é o sexto título da franquia (além de ser o primeiro que joguei). A sigla "SOCOM" é o acrônimo em inglês para "Comando de Operações Especiais", dos EUA, que é uma divisão dos SEALs especializada em operações antiterroristas. No jogo, você controla Specter, o comandante de uma equipe tática de 4 integrantes, e eis aqui a grande novidade trazida por esse título: os outros 3 integrantes são CPU, mas podem ser substituídos por outros jogadores online, mesmo para completar as missões da História. Com um total de 18 missões, o jogo se passa no Adjiquistão, país fictício situado em algum lugar na Ásia Central. Apenas para contextualizar (sem spoilers da História): cerca de 20 anos após o colapso da União Soviética, o Adjiquistão deixa de ser comunista e conquista a independência, se tornando uma República. Com a promessa de tornar o país uma potência econômica mais expressiva do que as mais "quentes" da Ásia (como China ou Camboja), o carismático Ismael Kalim é nomeado o primeiro presidente do país, e os americanos despertam interesse por uma parceria comercial. As coisas mudam de cenário quando um funcionário da CIA é sequestrado por um grupo rebelde, que ameaça desestabilizar o governo do país. Assim sendo, a equipe SEAL é enviada para resgatar o agente, mas o helicóptero é abatido depois que eles completam a missão. E assim começa o jogo. Pra quem está acostumado com a jogabilidade padrão dos FPS, com mira, tiro e explosivos nos gatilhos do controle, pode ser um desafio interessante se acostumar com a dinâmica deste jogo. Os servidores online estavam ativos até 2012. Com belos gráficos, cenários diversificados, gameplay densa e divertida, além de uma campanha muito bem amarrada e envolvente, este é um TPS (Tiro em Terceira Pessoa, em inglês) que vale a pena experimentar.
Analisando de forma sucinta: se tratando de games de luta baseados em anime, técnica e objetivamente falando, FighterZ pode ser descrito como nada mais, nada menos, do que uma obra-prima. Sua jogabilidade 2D com movimentos fluídos, combos intuitivos e animações feitas à mão o colocam nas primeiras posições dentre os jogos de luta (baseados ou não em anime) mais bonitos já produzidos. Porém, tendo seu primor técnico reconhecido devidamente, é necessário pontuar que seus únicos erros não são do jogo em si, mas na construção e gerenciamento dado por seus realizadores. FighterZ é um jogo de luta excessivamente fragmentado, possui requisitos (e não de hardware, mas de conectividade) desnecessários para o padrão em seu gênero, e além disso, cobra preços absurdos por partes de seu conteúdo que deveriam ser acessíveis desde o jogo-base, e isso também leva em conta o preço cobrado por ele mesmo, o jogo-base. Como exemplo, colocar praticamente metade dos seus personagens jogáveis em DLC realmente é uma extravagância que não se vê todo dia nos games de luta.
Apesar de ser um fã mais assíduo do segundo título, acredito que os comentários que eu faria sobre ele também se aplicam a esse jogo em específico: o charme dos jogos de luta arcade, dos anos 90' a 2000, é um traço comum a todos eles. Perceber a evolução das mecânicas e do desenvolvimento de jogos através do gênero de luta pode ser um passatempo muito interessante, especialmente quando o observador escolhe exemplos de franquias que não perderam a sua essência nos títulos que se seguiram, independente das melhorias observadas, para manter em foco. Marvel Vs Capcom é um desses bons exemplos.
Este jogo é a prova de que a competência de uma desenvolvedora como a Criterion Games não se limita apenas aos (excelentes) jogos de corrida feitos por ela. Colocado em muitas listas como um dos melhores FPS (senão o melhor) da sétima geração, a inclusão neste posto é justificada por muitos fatores. Bom trabalho de som, excelente ambientação, ótimos gráficos, história simples e bem linearizada, jogabilidade super refinada, ótimas e diversificadas armas... Seu único defeito é uma campanha muito curta, e creio que por este motivo, não há a necessidade de uma explanação muito longa. Se vc é amante de jogos FPS e nunca experimentou Black, acredite, vc não tem ideia da experiência única que está perdendo.
Sem sombra de dúvidas, esse foi um dos maiores fiascos já vistos pela indústria dos games, o que sinceramente é uma pena, afinal, a entrada do Ouriço mais rápido e amado dos games na Era dos Jogos 3D podia ter sido muito...mas muito melhor mesmo. Felizmente, ainda há quem enxergue além do apresentado, e ainda se esforce pra reconhecer todo o potencial que havia nesse projeto (e na medida do possível, até mesmo devolvê-lo). Sonic '06, como popularmente conhecido em referência ao ano de lançamento, foi projetado para dar aos jogos do Ouriço Azul uma entrada em grande estilo na Era 3D, com gráficos e jogabilidade reformulada para contar uma história de proporções épicas. Porém, seu processo de desenvolvimento foi fatalmente afetado por duas condições especiais, cuja solução simples era uma única decisão, que infelizmente não foi tomada. Explico: o diretor da equipe de desenvolvimento Sonic Team (e co-criador do Sonic), Yuji Naka, se demitiu do projeto para criar seu próprio estúdio. A equipe se dividiu em duas, com o time menor da SEGA, nos EUA, focando no desenvolvimento deste título, e a parte da equipe que permaneceu no Japão trabalhando em Sonic And The Secret Rings, de Nintendo Wii, lançado em 2007. Esse foi o primeiro evento. Da divisão problemática resultante, já mencionada, provém a segunda condição: a equipe nos EUA estava sendo apressada pela SEGA pra terminar o jogo antes da temporada de férias, em 2006. Em Novembro, o título é lançado para Xbox 360 e para Playstation 3, sendo jogo de lançamento deste último. A solução simples pra situação: dar à equipe de desenvolvimento mais um ou dois anos para polir o título e lançar um jogo que estivesse pronto. Em vez disso, o que foi entregue, pode-se dizer, é jogo que está entre 50% e 60% concluído, em questão técnica. Particularmente, sucumbi à vontade de ver aonde isso ia dar, e pra onde poderia ter ido, e joguei por longas 20 horas (mais ou menos), pelo que consigo me lembrar, até finalmente conseguir terminar a história e a platina de algumas missões. Loadings bem longos e frequentes, modelos de personagens de dar medo, enfim. O jogo estava claramente incompleto, mas podia mesmo ter sido muito mais. Hoje em dia, a comunidade de fãs inclina suas esperanças em um processo (bastante promissor inclusive) de porte não oficial do jogo para PC, somado a uma série de correções nas mecânicas e nos gráficos do título. O modder ChaosX é um fã de carteirinha do Sonic e não se contentou com o que houve com esse título (que ele ama, a propósito). Pois bem: ele está basicamente refazendo o jogo por si mesmo. Vale a pena conferir o progresso no canal dele no YouTube e no Twitter (só pesquisar o nome do perfil), e apoiar com doações e testes dos patches lançados, se curtir a ideia.
Em seu terceiro título, a série LEGO Batman pega o gancho deixado no fim da história do segundo e tenta prosseguir a partir dele com proporções mais épicas para sua História e refinamento das mecânicas de gameplay (com a introdução de novas habilidades, de personagens e de roupas, para quebra-cabeças cada vez mais elaborados), mas peca na questão do ritmo de seu enredo e na previsibilidade de sua História, embora o jogo tente dar a ela um tom (um pouquinho) mais sério, e proporções muito maiores. É fato que a história é o que menos importa, quando se trata de diversão cooperativa casual (inclusive em muitos outros gêneros), desde que haja o mínimo de coerência entre sua proposta e as mecânicas, que são colocadas à disposição do jogador. Prova melhor disso, no contexto atual, é o primeiro jogo. E LEGO Batman 3 com certeza tem muitos méritos positivos nas evoluções que traz à franquia: excelentes visuais, maior riqueza de detalhes em cada fase, habilidades mais diversificadas para treinar, dominar e usar, simplificação nos controles ainda mantida e maior liberdade com os mundos abertos e HUBs, colocados em lugares diversos no game. Porém, o seu ritmo lento, e grande quantidade de personagens, que tenta ser abarcada pelo roteiro, acaba traçando uma armadilha muito comum para títulos com essa proporção (seja em filmes, séries ou games): a alocação menos inteligente dos recursos narrativos. Com tantos personagens, habilidades e possibilidades de uso para cada um deles, das duas uma: ou a narrativa se mantém mais lenta para dar espaço a cada um deles, ou continua com seu ritmo acelerado e atropela alguns pelo caminho. Os dois, em momentos específicos, acontecem aqui. Para jogadores menos exigentes (e com menor faixa etária, em regra) LEGO Batman 3 pode se manter muito bem em pé de igualdade com os outros títulos e preencher os padrões LEGO de qualidade. Agora, frente a quem cresceu jogando a série, as coisas podem ser um pouco diferentes.
O segundo título do Homem-Morcego transportado para o Universo LEGO traz consigo todas as qualidades e garantias do primeiro jogo, e algumas outras inovações muito bem-vindas. Além das melhorias óbvias em seus visuais e no crescimento exorbitante do elenco de personagens, agora o game conta com uma Gotham City em mundo aberto, mais realisticamente colorida do que as fases do primeiro jogo, mas sem perder o tom cartunesco e bem humorado da série até aqui. Assim como acontece com o terceiro game, está escrito "Batman" como nome principal no título, mas a História engloba toda a Liga da Justiça, bem como alguns de seus vilões mais conhecidos. Aqui, a trama ganha mais ar de blockbuster e investidas um pouco mais "cinematográficas" no roteiro, além de incluir, pela primeira vez em um jogo LEGO, dublagem (ainda que em inglês) nos personagens. O áudio consolida o padrão LEGO de qualidade, e de fato, não se verão muito mais mudanças no Universo LEGO, pelo menos neste aspecto, a partir daqui. Os gráficos usam de forma mais inteligente os recursos de iluminação global, e não à toa, os visuais não ficam distantes do apresentado no próprio filme, que derivou deste jogo (mesmo com os efeitos de Blur, Nitidez e Ray Tracing adicionais no filme). Diversão garantida por várias horas, e para todas as idades. Excelente jogo LEGO.