Análises de Luiz
117 análises
Um jogo com gráficos incríveis, múltiplos personagens e abundância de rumos na história. Seu pecado são os movimentos precisos para tomar uma ação durante o jogo. Muita das vezes é literalmente necessário movimentar o controle, no entanto, sua captação é muito falha o que acaba afetando pontos decisivos da campanha e frustrando o jogador. Se você gostou de Heavy Rain também gostará deste título.
Tooth and Tail é um dos melhores jogos de RTS produzidos recentememte. O jogo apresenta novos conceitos ao gênero. É daqueles jogos fácil de aprender e difícil de dominar. Diferente dos outros jogos de estratégia, as partidas em Tooth and Tail não duram mais que 10 minutos e são muito dinâmicas devido as escolhas de classes no pré-jogo e o mapa procedural. O mapa deve ser revelado pelo jogador, onde você também sempre deve checar o que seu adversário anda fazendo e planejando. Outra particularidade é que você conduz um comandante pra controlar seu exército invés do mero cursor de mouse. As classes do jogo são divididas por 3 tiers de ataque e uma de defesa. As classes de ataque são representadas carinhosamente por animais, cada um com sua vantagem e desvantagem. A campanha do game serve apenas para apresentar os conceitos de gameplay além da lore do jogo representada nos diálogos entre as fases. Mas é no modo multiplayer que o jogo brilha. Contém o modo ranqueado e não ranqueado de 2 a 4 jogadores podendo ser preenchido por bots. As múltiplas opções de abordagem durante a partida, aliado ao número de classes que counteram um ao outro, e aos mapas sempre diferentes, fazem que o jogo nunca enjoe. O ponto negativo fica por conta dos mapas que são randomizados e tendem a favorecer um jogador. Os gráficos do game são pixelados e as falas, na linguagem Vyeshal, são belas ao ouvido. Embora Tooth and Tail não tenha se popularizado, contém uma comunidade fiel e presente desde as fases de pré-lançamento, realizando torneios periodicamente. Lembrar que foi desenvolvida por uma developer indie, aumenta ainda mais minha estima pelo jogo que bate de frente com os mais populares do gênero.
O multiplayer mais desbalanceado da história dos videogames. Neste jogo a EA mais uma vez nos surpreende trazendo um jogo a full price totalmente pay2win. Ou seja, vc comprava Battlefront II a 60 dólares e precisava comprar loot boxes para poder estar no mesmo nível de seus oponentes. Mesmo a EA removendo os loot boxes, a bagunça já tinha sido instalada e o sistema de cartas foi mantido. Se você quiser jogar o multiplayer hoje, você precisa investir em torno de 40 horas para poder estar nivelado com jogadores experientes. O que resta a elogiar é a campanha, que é muito boa! As pessoas que reclamam do tamanho da campanha jogam no easy. Os gráficos são top-notch e estabelecem um padrão da indústria, algo que a EA sempre prezou que é a apresentação. Fora isso, é um jogo totalmente falho! A jogabilidade não é o seu forte e os modos multiplayer não promovem diversão ou senso de competitividade, devido ao sistema de cartas.
O melhor Battle Royale feito até o momento! O jogo apresenta vários novos conceitos na indústria como apontar qualquer coisa no mapa para seus companheiros, desde locais, a armas e inimigos, tornando o jogo totalmente comunicativo mesmo sem microfone. A jogabilidade é impecável. O gráfico é seu único ponto fraco.
Enquanto proporciona um excelente gameplay, Overwatch possui um dos piores matchmakings já visto. As habilidades e peculiaridades de cada herói reunidos num gameplay fluído e praticamente sem bugs, torna Overwatch um jogo viciante. Um fator marcante do game é o cuidado na localização: todos os heróis não são só dublados, mas utilizam gírias e expressões culturais. Overwatch é, em sua essência, um game competitivo que você depende muito dos seus companheiros para conquistar objetivos. E é isso que gera extrema frustração, visto que fatores como matchmaking e recompensa são ruins e a Blizzard insiste em não corrigi-los. Ou seja, encontre e adicione amigos para aproveitar este ótimo jogo em grupo.
Gostei muito do estilo de gameplay baseado em hordas, embora essa feature foi muito criticada na internet! O propósito de morrer para atualizar suas estatísticas lhe dá uma sensação de frustração no início, mas depois de jogar mais você acaba se acostumadando O estilo de arte é lindo. À primeira vista, você acha que é genérico, especialmente na primeira região. Mas no segunda e terceira, você começa a ver a beleza. No geral, o áudio também é bom. O OST não é algo memorável como eu escutaria fora do jogo. O destaque é a voz que aparece nas principais partes da campanha! Os minibosses e chefes das três regiões também são muito bons. Eu gostei da idéia de chefes realmente grandes. O recurso de Perks é ótimo e algumas vêm a calhar em certas partes da campanha. Combinando dois ou três Perks mudar até mesmo a abordagem do jogo! Agora vamos ao que eu não gostei: Primeiro são as cavernas. Mesmo com o fato de que os locais de Perks e Chefes são intactos, era melhor se não fosse roguelike. As cavernas se repetem demais num mesmo gameplay, dando a sensação de que "eu estava aqui antes". E o que mais me incomodou é que o jogo não passa ao player que você está caindo sobre uma planta (isso ocorre muito na segunda região). Também gostaria de ver o mapa com o jogo em pausa. Às vezes eu preciso saber para onde ir, mas sou perseguido por criaturas. Outra questão é que às vezes eu não sei onde Eshe está, porque há muitos inimigos me atacando na tela. Horda infinita é um conceito que também não gostei. Por fim, os chefes finais. Eu gostaria que fosse como os chefes anteriores, com uma dificuldade ainda mais difícil. As brigas com eles foram como se estivéssemos brigando com a arena do que os próprios chefes.
Punch Club é um jogo indie de gerenciamento de boxeador que conta com uma ótima campanha, ponto forte do jogo, que através de simples diálogos, variedade de eventos e locais a se visitar, te oferece liberdade e permite diferentes desfechos para o game. Se pode dizer que a jogabilidade também se resume a isso, visto que a luta em si é simulada com ambos oponentes tendo 100 de vigor, a saúde dependendo da sua forma, além de, a cada round, escolher habilidades que seu personagem terá ao dispor. O tema retrô e várias referências espalhadas entre os locais da campanha, torna a ambientação interessante mesmo diante de sua simplicidade. A grande dificuldade do jogo é justamente o gerenciamento de tempo entre treinar, trabalhar, alimentar e descansar seu personagem. O treino é muito importante para upar os atributos do boxeador, permitindo enfrentar adversários mais fortes. Mas quando por algum evento da campanha seu personagem é penalizado, quebra-se então esse ciclo, e o que se observa é um lento progresso dos atributos, pois a cada novo dia eles são subtraídos, tornando a experiência muito frustrante.
As mecânicas rasas de gameplay torna desinteressante a proposta inovadora de cooperação de A Way Out. O jogo tem uma história boa, com diferentes finais, mas que apresenta problemas de continuação entre os levels, esses que o apresentam os mais diferentes cenários. O preço do jogo é acessível e ainda conta com a opção de convidar um amigo sem ele precisar da licença do game.