Dark souls e Zelda tiveram um bebê e o resultado é um jogo maravilhoso com uma jogabilidade fácil e uma trilha sonora incrível. Recheado de segredos (alguns difíceis até demais) que sempre trazem uma sensação de realização ao serem descobertos

Concordo com tudo que já foi dito sobre o game: as dungeons e a exploração dos cenários tem uma pegada bem TLOZ, e cada boss tem um design e mecânica únicos, numa pegada bem souls-like mesmo. O que me encantou totalmente foi a implementação de um manual in-game, sendo responsabilidade do jogador encontrar as páginas e decifrar o que está escrito naquela língua única - duas atividades essenciais para a progressão e imersão no jogo. A única coisa que me chateou um pouco foram os lags que a versão do Switch tem, mas mesmo com isso, a nota continua 10.

Tunic é um jogo com uma originalidade única do "Manual" que é a base do jogo, descobrir a história, as mecânicas, a geografia do mundo pelas páginas o que estão espalhadas pelo mapa, o manual tem linguagem própria, por isso a interpretação é necessidade para progresso no jogo. Ele tem algumas inspirações como The Legend of Zelda, como exploração e combate, além de ter um bom grau de dificuldade.

O design artístico de Tunic imediatamente atrai você. Você se sente compelido a explorar o mundo e desvendar seus segredos. Por toda a sua beleza e charme, o combate acaba por prejudicar a experiência. Falta fluidez entre atacar e esquivar para sustentar a dificuldade. Se você olhar para Death's Door, por exemplo, ele acerta esse equilíbrio, com combate fluido que faz com que cada mecânica pareça perfeita. Em contraste, o combate de Tunic parece punitivo de uma forma que simplesmente parece fora do lugar. Tunic tem todos os ingredientes de uma obra-prima, e de vez em quando dou uma nova chance ao jogo, apenas para ser decepcionado pelo combate novamente.