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  • Cover of FEZ FEZ
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    360
    8 years ago

    Mais um indie game genial que salva a Gamescape da mesmice! A cada período de tempo, entre as trevas de dezenas de jogos iguais e pasteurizados produzidos com orçamentos milionários por grandes produtoras, surge um pequeno herói para acabar com a escuridão que assombra a Gamescape. Desta vez nossa heroína é a Polytron, desenvolvedora desta pequena jóia chamada FEZ. Dizem que as idéias realmente geniais são as mais simples, mas que ninguém foi capaz de pensar até então. E é basicamente com uma premissa bastante simples e absurdamente original de jogabilidade que esse jogo nos conquista. ENREDO: No jogo você é Gomez, um personagem bidimensional em um mundo aparentemente plano como os velhos jogos de plataforma 2D. O visual inclusive é bastante "retrô" embora absurdamente detalhado e colorido. Após receber um Fez (aquele chapéu marroquino vermelho com um rabicho, e que dá nome ao jogo) Gomez passa a enxergar um mundo MUITO maior e complexo que jamais pôde imaginar em sua vida pacata no vilarejo onde vive. Pra complicar, em sua interação no espaço tridimensional o grande Haxaedro é destruído e o mundo começa a sofrer glitches e bugs (sim como falhas em jogos e códigos de computador) gerando buracos negros que vão consumir todo o universo se nada for feito. Resta a Gomez, o único com capacidade de enxergar além, a tarefa de coletar os cubos e restabelecer a ordem. GRÁFICOS: Bonitos, coloridos e tecnicamente impecáveis, mantendo uma cara retrô "pixealizada" aos moldes de "Minecraft". Os efeitos e transições são muito bonitos mas em especial preste atenção aos detalhes. Houve uma preocupação de dar "vida" ao mundo de Fez, o que faz com que cada cenário, cada parede, cada placa tenha uma história pra contar. E em muitos momentos a chave pra seguir em frente e entender melhor o jogo vai estar nestes pequenos detalhes. SOM: Mesclando algo "new age" e "old style gaming" e totalmente eletronicamente composta por Disasterpeace a trilha sonora e sons são um espetáculo à parte, casando perfeitamente com cada cenário. Me peguei adquirindo a trilha sonora depois de terminar o jogo pra ouvir no carro e antes de dormir. JOGABILIDADE: Aqui é onde o jogo reina absoluto. Parece um jogo de plataforma familiar até a primeira mudança de perspectiva, quando você entende a mecânica absurda do "3D irresponsável" virando 2D. É aí que sua imagem do jogo muda e você vicia. O objetivo do jogo basicamente é recuperar os cubos e salvar o mundo, porém logo se descobre que a coisa vai bem além. Alguns puzzles são simples enquanto outros são insanamente difíceis! Mas a satisfação de resolver cada um deles vai te trazer de volta aquele sorriso que você esqueceu nos jogos desafiantes de 8 e 16 bits. Muitas soluções inclusive estão FORA do game e vão exigir algum conhecimento de mundo e pesquisa (viva a internet) pra se chegar à solução. Por fim como o desafio são os quebra cabeças não é possível morrer nesse jogo, aliás até dá, mas as vidas são infinitas e você volta pro último lugar que esteve antes de morrer. E acredite, isso não torna o jogo fácil. Só não vale trapacear e procurar pelas soluções (ok umas duas ou três são praticamente impossíveis então estão perdoados). FALHAS: Apesar de todos os elogios o jogo possui suas falhas : 1. Bugs - o jogo "emula" várias falhas clássicas de games antigos, mas alguns são reais, incluindo uma atualização recebida pela Live que destrói seu savegame! Quando comprar baixe imediatamente a atualização antes de começar a jogar pra evitar que isso aconteça; 2. Um ou dois puzzles praticamente impossíveis de resolver, exigindo que os jogadores se juntassem pela internet e o resolvessem por tentativa e erro. Uma pena algo tão "preguiçoso" e frustrante pra um jogo tão bem construído. VEREDITO: FEZ é aquele jogo que a Gamescape precisa receber de tempos em tempos pra nos mostrar que ainda dá pra ter esperança de algo inovador, diferente e ousado sem necessitar de um grande estúdio por trás. Ao lado de "Limbo" e "Braid", constitui uma tríade de jogos "bonitos mas não ordinários" e cuja idéia, jogabilidade e estilos gráficos o colocam quase ao pedestal de "arte interativa".

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    360
    8 years ago

    Mais um indie game genial que salva a Gamescape da mesmice! A cada período de tempo, entre as trevas de dezenas de jogos iguais e pasteurizados produzidos com orçamentos milionários por grandes produtoras, surge um pequeno herói para acabar com a escuridão que assombra a Gamescape. Desta vez nossa heroína é a Polytron, desenvolvedora desta pequena jóia chamada FEZ. Dizem que as idéias realmente geniais são as mais simples, mas que ninguém foi capaz de pensar até então. E é basicamente com uma premissa bastante simples e absurdamente original de jogabilidade que esse jogo nos conquista. ENREDO: No jogo você é Gomez, um personagem bidimensional em um mundo aparentemente plano como os velhos jogos de plataforma 2D. O visual inclusive é bastante "retrô" embora absurdamente detalhado e colorido. Após receber um Fez (aquele chapéu marroquino vermelho com um rabicho, e que dá nome ao jogo) Gomez passa a enxergar um mundo MUITO maior e complexo que jamais pôde imaginar em sua vida pacata no vilarejo onde vive. Pra complicar, em sua interação no espaço tridimensional o grande Haxaedro é destruído e o mundo começa a sofrer glitches e bugs (sim como falhas em jogos e códigos de computador) gerando buracos negros que vão consumir todo o universo se nada for feito. Resta a Gomez, o único com capacidade de enxergar além, a tarefa de coletar os cubos e restabelecer a ordem. GRÁFICOS: Bonitos, coloridos e tecnicamente impecáveis, mantendo uma cara retrô "pixealizada" aos moldes de "Minecraft". Os efeitos e transições são muito bonitos mas em especial preste atenção aos detalhes. Houve uma preocupação de dar "vida" ao mundo de Fez, o que faz com que cada cenário, cada parede, cada placa tenha uma história pra contar. E em muitos momentos a chave pra seguir em frente e entender melhor o jogo vai estar nestes pequenos detalhes. SOM: Mesclando algo "new age" e "old style gaming" e totalmente eletronicamente composta por Disasterpeace a trilha sonora e sons são um espetáculo à parte, casando perfeitamente com cada cenário. Me peguei adquirindo a trilha sonora depois de terminar o jogo pra ouvir no carro e antes de dormir. JOGABILIDADE: Aqui é onde o jogo reina absoluto. Parece um jogo de plataforma familiar até a primeira mudança de perspectiva, quando você entende a mecânica absurda do "3D irresponsável" virando 2D. É aí que sua imagem do jogo muda e você vicia. O objetivo do jogo basicamente é recuperar os cubos e salvar o mundo, porém logo se descobre que a coisa vai bem além. Alguns puzzles são simples enquanto outros são insanamente difíceis! Mas a satisfação de resolver cada um deles vai te trazer de volta aquele sorriso que você esqueceu nos jogos desafiantes de 8 e 16 bits. Muitas soluções inclusive estão FORA do game e vão exigir algum conhecimento de mundo e pesquisa (viva a internet) pra se chegar à solução. Por fim como o desafio são os quebra cabeças não é possível morrer nesse jogo, aliás até dá, mas as vidas são infinitas e você volta pro último lugar que esteve antes de morrer. E acredite, isso não torna o jogo fácil. Só não vale trapacear e procurar pelas soluções (ok umas duas ou três são praticamente impossíveis então estão perdoados). FALHAS: Apesar de todos os elogios o jogo possui suas falhas : 1. Bugs - o jogo "emula" várias falhas clássicas de games antigos, mas alguns são reais, incluindo uma atualização recebida pela Live que destrói seu savegame! Quando comprar baixe imediatamente a atualização antes de começar a jogar pra evitar que isso aconteça; 2. Um ou dois puzzles praticamente impossíveis de resolver, exigindo que os jogadores se juntassem pela internet e o resolvessem por tentativa e erro. Uma pena algo tão "preguiçoso" e frustrante pra um jogo tão bem construído. VEREDITO: FEZ é aquele jogo que a Gamescape precisa receber de tempos em tempos pra nos mostrar que ainda dá pra ter esperança de algo inovador, diferente e ousado sem necessitar de um grande estúdio por trás. Ao lado de "Limbo" e "Braid", constitui uma tríade de jogos "bonitos mas não ordinários" e cuja idéia, jogabilidade e estilos gráficos o colocam quase ao pedestal de "arte interativa".


  • Sonic 4? Nem de longe este jogo parece uma evolução dos fantásticos jogos de Mega Drive do ouriço azul e seus amigos. Está mais com cara de um remake do Sonic 1 em HD feito por fãs. Pra entender porque esse jogo ficou tão fraco vale lembrar as origens de como Sonic surgiu. Yuji Naka, programador genial da Sega conseguiu desenhar uma engine de plataforma 2D que tirava leite de pedra do Mega Drive. Permitia velocidades absurdas, scroll, paralaxe e animações com muitas cores simultâneas. Esse foi o pano de fundo para lançarem um jogo com um personagem "supersônico" em um formato de jogo que não poderia ser copiado pelo Super Nintendo, seu rival que possuía hardware razoavelmente superior, porém rodando a menores velocidades. O sucesso de Sonic foi marcado por duas inovações marcantes: velocidade e jogabilidade espetacular. E essas duas bases foram responsáveis pelo sucesso de todos os jogos bons da franquia, incluindo as mais recentes versões em 3D. O que Sonic 4 faz é pegar essas bases e jogar no lixo. O jogo tem uma pegada travada em vários momentos e o Sonic andando parece que tomou maracujá, perdendo aquele ar invocado e veloz dos áureos tempos dos 16bits. Quando "engata uma quarta marcha" o jogo volta a ficar parecido, mas logo se é interrompido por um obstáculo e tem de se recomeçar devagar de novo. Isso seria parcialmente perdoável se o jogo fosse inovador e sua jogabilidade fosse excelente, o que infelizmente não acontece. Em termos de inovação pouquíssimas surpresas. As fases são quase iguais às de Sonic 1 e 2 e até as fases bônus são cópias pioradas. A jogabilidade é HORRENDA e considero esta a maior vilã por enterrar o jogo. A coisa é tão feia que se você parar de pressionar o joystick para o lado durante um salto o personagem FREIA EM PLENO AR. Há áreas em que usar os inimigos é necessário para se continuar. Se errar de primeira você em muitos casos toma dano mas sobrevive... para descobrir que não dá mais pra prosseguir e ter de se matar porque os inimigos não reaparecem. Por fim, não há nada de novo. O jogo não te desperta a clássica vontade de continuar jogando pra ver o que acontece mais à frente. Tudo é tão ruim que te desanima de continuar. O jogo só não chega a ser péssimo porque o time de áudio e arte fizeram sua lição de casa e com exceção do Sonic (só protagonista do jogo) os cenários são de modo geral bem bonitos e as músicas muito boas. Tenho o jogo por ter vindo em um pacote com todos os jogos do Sonic até 2013 na Steam Summer Sale . Mas se tivesse pago apenas por ele com certeza teria ficado muito decepcionado com o investimento. Só o jogue se for muito fã do Sonic e já tiver jogado todos os outros jogos dele pra ter ficado sem opção.

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