Reviews by Sora
59 reviews
- 8,9
É um jogo complementar ao Cyber Sleuth de 2015, então por mais que a história dele seja autocontida e possa ser aproveitada sem você ter jogado o anterior, ainda assim vai faltar muita coisa. Tem muitas explicações que você não vai ter aqui, então se não quer ficar boiando em alguns pontos, joga o outro Cyber Sleuth antes desse daqui. Dito isto, é uma das, senão a melhor narrativa de Digimon; A história é muito mais profunda e instigante do que eu esperava, abordando muito a ideia de identidade e existência, é um jogo que fala sobre o que realmente significa estar vivo dentro de um mundo praticamente escravo da internet, e sobre o que realmente forma um ser humano, o que compõe e determina sua identidade. É uma história bem triste, com um final muito melancólico e agridoce. Sobre esse final inclusive, eu gostei, ele dá uma importância e deixa um legado muito grande para essa duologia, ao mesmo tempo que recompensa essa jornada. Só alguns pontos menores que eu achei que ficaram bem mal explicados, especialmente sobre o Arcadiamon, mas não é nada gritante ou que destrói a história, só é algo que ficou meio avulso mesmo. Mecanicamente é um Digimon Story como todos os anteriores, só que melhor. O jogo é bem ágil, e muito automatizado em geral, você não só consegue mexer bastante com alguns "hacks" de melhoria dentro do contexto do jogo para melhorar a experiência (como poder aumentar a velocidade do seu personagem, reduzir ou forçar encontros), como o jogo proporciona muitas ferramentas para não ser um tédio você desenvolver os Digimons, eramifica a gameplay o suficiente para além dos combates por turno tradicionais, para você não ficar entediado ao longo da jogatina. Eu entendo que para muitos, a ideia de você ter que fazer algumas missões antes de seguir com a história seja um problema, só que, como as missões do jogo são na maioria muito simples e diretas ao ponto, o que justifica o tanto de missões, eu não vi um problema. Ademais, tem muita missão narrativamente interessante, elas expandem muito aquele mundo e contextualizam muita coisa que o fio narrativo principal não aborda, então eu não acho algo ruim, ao menos para mim não foi entediante fazer as missões. Graficamente é onde o jogo mais se sai mal, é um gráfico muito simples e as dungeons são muito pouco inspiradas, é um ciberespaço no sentido mais literal possível, é tudo montanha de dados para todo lado, apesar de ter uns cenários mais bem construídos aqui e ali na segunda metade do jogo. No entanto, apesar das claras limitações gráficas, as cutscenes são muito boas, as animações são boas no geral, e o jogo "compensa" com um certo esmero em diversos momentos do jogo, dando um cuidado muito grande para certas animações, especialmente dos protagonistas. Jogão. Eu não esperava me emocionar tanto com uma história de Digimon, esse aqui, assim como o Survive, são duas pérolas indispensáveis para quem é fã da franquia.
- 7,1
Para mim que nunca tinha jogado o TCG físico, esse jogo foi bem interessante. Ele transpõe muito bem a fórmula de TCG pro jogo digital, com muitas cartas e possibilidades de builds, ainda mais com as constantes atualizações. O meu problema com o jogo é puramente a falta de interesse pessoal com jogos mobile, que são sempre estruturados da mesma forma para os mesmos fins, o que obviamente não foi diferente com esse jogo. Você participa de batalhas offline ou online, para conseguir pontos que te permite abrir os packs (ou gasta dinheiro para conseguir pontos mais rápido), participa de eventos que te dão a oportunidade de conseguir uma ou outra carta rara, pode fazer trocas ou pegar cartas através da escolha misteriosa, e repete o loop ad infinitum. Tenho que dar créditos ao jogo, por pelo menos não forçar a barra com a possibilidade de você poder gastar dinheiro com ele, o jogo não te obriga a fazer isso para aproveitá-lo ou esfrega na sua cara a todo momento que você tem essa possbilidade. Não é um jogo ruim, de forma alguma, só não é para mim mesmo.
- 9,0
Bom, eu conheci esse jogo através do vídeo "Video Games vs Depression" do GameSpot. É um vídeo bem antigo, mas vale a pena assistir para quem tem interesse sobre o assunto. Esse não é um jogo convencional, e muito menos um agradável ou divertido, especialmente para as pessoas que se identificam profundamente pelo cenário retratado. A escrita do jogo é bastante sensível e respeitosa com o tema, e muito, muito real. O jogo transpõe várias situações bastante cotidianas e corriqueiras, tendo de ser vividas por alguém com muitas dificuldades de segui-las por motivos inicialmente desconhecidos até mesmo por ele. O fato do retratado não ser alguém com uma vida regada a traumas ajuda também, até porque, a depressão não nasce só em pessoas com traumas, as vezes ela simplesmente aparece, e você não sabe o porque. O protagonista possui pessoas que o apoiam e estão dispostos a ajudá-lo, mas as vezes nem ele mesmo acredita que merece aquilo, ou simplesmente os afasta por não querer ser um fardo, mas sofre por isso, e enfim, é um ciclo sem fim. Para quem não entende o que é depressão, não quer entender, ou não passou por isso, vai ser só mais um jogo de texto sem sentido, mas vai por mim, é bem mais que isso. É uma experiência única, que pode ser triste, angustiante, incômoda e muito dolorida, mas é muito necessária.
- 8,5
É um jogo em acesso antecipado, então o que estou avaliando aqui é o que o o jogo propôs até agora. Muito provavelmente retornarei a ele quando ele lançar o 1.0. A mecânica de "Dicebulinding" é muito divertida. O jogo é muito fácil de aprender, e difícil de masterizar, bem na veia do Slay the Spire (O qual joguei pouco, mas é um ótimo jogo, diga-se de passagem). É uma mecânica que não se sustenta em cima de "sorte", já que você consegue usar os artefatos, bem como recalibrar os dados para tirar resultados mais vantajosos para você. O jogo te entrega ferramentas mais que suficientes para você conseguir montar builds bem variadas. Mesmo ainda em acesso antecipado, o jogo tem bastante conteúdo, e a dificuldade dele por si só vai fazer você querer voltar e jogar de novo. A parte que mais me incomodou foi só a quantidade pequena de relíquias e o randomizer do jogo. Eu já joguei e continuo jogando ele, e praticamente em todas as runs, eu encontrei os mesmos pontos de escolhas, com as mesmas relíquias em momentos bem próximos de run para run. Os gráficos são lindos inclusive, uma pixel art das melhores. A trilha é bem boa também. Jogo ótimo e bom para quem só quer se divertir um pouquinho.
- 6,7
Um dos piores lançamentos da história. Dito isto, estando completo, é sim jogável, mesmo que com muitas ressalvas. A Capcom ter adicionado como atualização gratuita conteúdos ao longo da vida útil do jogo é sim louvável e eu respeito isso, mas o sistema de Fight Money é vergonhoso. É propositalmente tedioso e cansativo conseguir a moeda do jogo por meios convencionais, o que torna a experiência para quem não comprar os pacotes de atualização frustrante. O modo história é horrível, jogos de luta e modo história costumeiramente não se dão bem, mas esse jogo não faz nem questão de querer contar uma boa história, as tramas individuais são péssimas e o plot central do jogo é totalmente esquecível. O cast de personagens é horrível, provavelmente o pior de toda a saga. F.A.N.G, Laura e Necalli são alguns dos piores personagens já concebidos na franquia, eles tem pouquíssima identidade. Alguns personagens foram repaginados para pior, Ken que o diga. O mais interessante ao meu ver é o Rashid, que é excelente de jogar e tem uma personalidade muito cativante, porém o design dele é muito insonso. Rapidamente sobre a estética, é ok eu acho, os cenários são bem bonitos, mas os modelos dos personagens ficaram um pouco estranhos anatomicamente falando, e esteticamente estranho, não é nem totalmente realista, nem totalmente cartunesco, só é estranho mesmo. O que eu gostei (pós atualizações) foi a variedade de modos, e especialmente o modo Arcade, que é divertidíssimo, muito interessante. Mecanicamente, mesmo não sendo nada inovador, só replica o que já foi feito na franquia com algumas peculiaridades, é um sistema sólido e muito bom, fora que os controles são muito responsivos e o jogo é relativamente ágil, o que ajuda bastante. Em geral, é recomendável para quem é fã da franquia, mas tem muitos outros jogos de luta da época muito melhores no mercado.
- 9,3
É muito intrigante. A história, quando colocada em ordem não é complexa, mas a forma como a narrativa é transposta, é impressionante e instigante; o fato de você dar o input de palavras e mesmo com tantos vídeos e muitas histórias, o ritmo não cair e a história não se perder é impressionante. A atriz é bem convincente e mantêm você focado nos diálogos, algo importante, sendo que a história é dela. Interessantíssimo conceito muito bem aproveitado, definitivamente recomendado para qualquer um que goste de tramas de mistério.
- 9,3
Muito divertido. Strikers é uma sequência/spin-off muito interessante, com uma história que, apesar de repetir alguns pontos da narrativa anterior, evolui seus temas e apresenta um cenário grandioso e bem maneiro, só acredito que a narrativa demora para explicar os mistérios principais e acaba virando um show de exposição nas últimas horas. A maioria dos novos personagens eu gostei, Zenkichi, Sophie, Ichinose, tem muita gente maneira. Mecanicamente é deveras divertido, é um jogo de ação absurdamente responsivo e muito engajante, mesmo jogando várias horas eu não me entediei, o que é bom. É um jogão para quem é fã da franquia e para quem curte RPGs de ação em geral.
- 8,6
É um excelente Tales of, com uma excelente história, apesar de eu achar que a narrativa dá muitas idas e vindas, e ter algumas partes meio exageradas, tipo a história do Regal, que é tão melodramático que ficou cafona; mecanicamente é um excelente jogo, divertido e frenético, com umas lutas muito boas. Apesar de eu não achar o cast de personagens dos melhores dentro da franquia (apesar de ter uns destaques enormes, como Genis, Zelos e o próprio Mithos), ainda assim é um ótimo cast e em geral é um excelente jogo, sendo uma ótima porta de entrada para a franquia até hoje